terça-feira, 6 de abril de 2010

Preta


Preta minha;
Preta menina;
Preta mais linda.

Minha preta me ganha,
me olha, me acanha,
me arranha, me assanha.

Teu cheiro que fica;
Teu gosto que dura;
Teu toque que entranha.

Meu vício, meu risco,
minha cura, meu ópio,
me cuida, me acuda.

Beleza crua;
Tua pele nua;
Tua carne dura.

Teu cabelo, um penteado, um cotejo amedrontado.
Tuas pernas, que fujo com receio do vício.
Tua cor, que quero como parte de mim.


Por Léo Jorge


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