terça-feira, 6 de abril de 2010

Volúpia

Volúpia, nomeia mulher, bebida,
alma nutrida por blasfêmia, fêmea
entre garrafas e lençóis. Bárbara,
barbaria percorrendo o corpo e a alma!

Animalejo sem espírito, composta
por brisa, chama, carne, dilúvio.
Princípio e fim de tudo o que não se
intitula coisa, no entanto, alheia alma.

Fêmeas: a vida, o gozo, o horror, o choro
veemente, idolatria do ódio,
do ardor do amor e da dor!

Simplificando e sacrificando a troco do nada,
a cura do corpo, um gole, um trago. O alívio
da alma, o mal do espírito, a efémera fêmea!


Por Léo Jorge


Nenhum comentário:

Postar um comentário